quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Economia e Transportes

Que interesse privado está patrocinando o ataque feroz do ministro da economia às empresas de transportes?
É que sendo o estado o acionista maioritário já há vários anos deixou de capitalizar as mesmas o que as obrigou a recorrer a financiamentos na banca com juros elevados e portanto a acumular os passivos para renovar e atualizar a frota e todo o equipamento necessário ao cumprimento do objetivo de Transporte Público.
Nomeou os administradores que bem entendeu e permitiu que o número de quadros superiores (diretores, chefes de serviço...) fosse aumentando significativamente.
Autorizou a compra sistemática de veículos para serem colocados à disposição destes administradores, diretores...
Permitiu que lentamente as condições de oferta às populações fossem diminuindo, contrariando o princípio de utilização do transporte público, salvo raras situações em que era imperioso demonstrar resultados imediatos para tentar justificar o enorme investimento.
Não tem justificação existir no interior das cidades localidades em que para atingir um transporte público as populações tenham que percorrer quilómetros a pé ou de carro.
Para auferir vencimento os trabalhadores destas empresas nunca foram considerados ou equiparados a funcionários públicos. Em alguns casos a renegociação do seu A.C.T. arrasta-se já há alguns anos. As regalias que possuem foram conquistadas em sede de negociação e constituiram contrapartidas para o não aumento salarial.
Para cortes no vencimento os mesmos trabalhadores são equiparados aos funcionários públicos e portanto sofrem os cortes do P.E.C., tem as progressões na carreira congeladas por mais profissionais que sejam, irão sofrer os cortes no 13º mês de 2011, no subsídio de férias e 13º mês 2012... ...
Não nos podemos iludir com a propaganda, temos de ponderar todas as situações.
É claro que os privados querem que o estado anule os passivos pois estão à espreita porque estas empresas são apetecíveis para engordarem o seu património. Lógico que o seu objetivo é o lucro imediato e nunca o serviço público.
Os trabalhadores destas empresas não são nem nunca foram o motivo dos passivos apresentados, portanto estão atentos, indignados e no momento oportuno vão expressar a sua opinião e demonstrar sua revolta.

O perigo espreita. Jamais se desiste.

Beijinhos e abraços.

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